terça-feira, 8 de setembro de 2009

Fotos coloridas do início do século XX

Sergei Mikhailovich Prokudin-Gorskii foi um um fotógrafo russo que viveu de 1863 a 1944.
No início do século XX, nos deixou um retrato vívido e colorido de um mundo perdido: o Império Russo na véspera da Primeira Guerra Mundial e a próxima revolução.

Ele desenvolveu um padrão de fotografia que permite hoje vermos as imagens feitas há quase um século com todas as cores, nuances e tons presentes na cena capturada, como na fotografia ao lado, um auto retrato do fotógrafo.

Foi exatamente em 1905 que o fotógrafo teve a idéia de criar uma câmera que trabalharia com três objetivas. Em cada uma dessas lentes era acoplado um filtro de cor diferente, sendo elas vermelho, verde e azul, exatamente as cores da escala RGB (red, green e blue), que formam os tons primários das imagens em cores.

Essa forma de capturar a imagem permitia que posteriormente fosse realizado uma combinação das chapas para que entregassem as imagens coloridas.

Prokudin-Gorskii queria fotografar todo o império russo, em viagens consideradas ambiciosas durante aquele período do início do século 20.

Em 1908, dentre as fotografias realizadas pelo fotógrafo, está a única imagem colorida do escritor Leon Tolstoi, autor das obras "Guerra e Paz" e "Ana Karenina" (fotografia à esquerda).

Ele criou álbuns para servir de registros fotográficos de suas viagens através do Império Russo. Cada álbum é composto de impressões de contato, que foram montados na ordem na qual ele viajou. A sua última grande viagem documental ocorreu em 1915.

Após a morte do fotógrafo, ocorrida em 1944, a biblioteca do congresso americano comprou tudo que pertencia a ele e junto estavam os negativos das fotos.

Veja detalhes sobre a vida do fotógrafo, aqui e alguns de seus trabalhos realizados, aqui.


Sobre a fotografia em cores...
A primeira fotografia colorida foi feita em 1891, mas os princípios básicos da foto em cor como a conhecemos devem-se a James C. Maxwell, que fotografou fitas coloridas através de filtros vermelhos, verde e azul. A partir dos negativos, Maxwell produziu três transparências positivas em preto e branco; projetou-as sobre uma tela, simultaneamente, por meio de três lanternas, cada uma delas com luz correspondente à cor do filtro usado no negativo. A imagem reproduzia as fitas coloridas.

Ducos du Haron, em 1869, expôs os métodos básicos da foto colorida: o aditivo e o subtrativo. No método aditivo, em desuso, a cor branca se produz pela adição do vermelho, do verde e do azul, tanto pela projeção simultânea de três imagens monocromáticas sobre uma tela; como pela projeção das imagens em rápida sucessão na tela; ou pela formação de pequenas imagens monocromáticas justapostas.

Nos métodos subtrativos, três negativos são feitos separadamente com luzes vermelha, verde e azul. Em seguida, produzem-se positivos com as cores complementares às usadas para elaborar o negativo, e os três são copiados simultaneamente sobre o papel branco ou outro filme. O negativo feito com luz vermelha é copiado em azul-esverdeado (ciano), o de luz azul é copiado em amarelo e o de luz verde em magenta. O processo foi lançado em 1935 pela Eastman Kodak (Kodachrome): ao invés de tratar os negativos separadamente ou simultaneamente um a um, faz-se uma superposição integral dos três (tripack ou monopack).



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